Para valorizar a dimensão da vida cotidiana: articulações ao debate das sustentabilidades
DOI:
https://doi.org/10.22481/rg.v4i1.6173Palavras-chave:
Vida CotidianaResumo
Propomos a valorização da dimensão do cotidiano enquanto enfoque de análise que exerce importância para o debate que constrói a necessidade de novos padrões de sustentabilidades frente às segregações socioambientais. A discussão ambiental comumemente está relacionada ao privilégio das grandes dimensões, dos grandes eventos (catástrofes) ambientais, relacionadas aos resultados sociais advindos dos mesmos. A supervalorização de tais processos são entendidos, aqui, enquanto produtores de alienações que negam e camuflamam processos de injustiças ambientais promovidas no dia-a-dia. Valorizar o cotidiano, nos embasamentos de Lefebvre e Heller, para a compreensão mais sólida da realidade, se faz de suma importância para entrelaçar redes e propostas de sustentabilidades que privilegiam o plano da vida comum, a autonomia territorial e a participação ativa dos sujeitos.
Downloads
Referências
CRUZ, V. C. Geografia e pensamento descolonial: notas sobre um diálogo necessário para a renovação do pensamento crítico. In CRUZ, V. C.; OLIVEIRA, D. A. (orgs). Geografia e giro descolonial: experiências, ideias e horizontes de renovação do pensamento crítico. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2017. p. 37-54.
DUSSEL, E. Europa, modernidade e eurocentrismo. In LANDER, E. (org). A Colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, Perspectivas latino-americanas. Colección Sur Sur, CLACSO, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina. 2005.
ESCOBAR, A. Territórios da diferença: a ontologia política dos “direitos ao território”. Desenvolvimento e Meio Ambiente, v. 35, 2015.
HELLER, A. O cotidiano e a história. Paz e Terra: Rio de Janeiro, 1985.
LAYRARGUES, P. P. A Natureza da ideologia e a ideologia da natureza: elementos para uma sociologia da educação ambiental. Tese de doutorado apresentada ao departamento de sociologia do Instituto de filosofia e ciências humanas da Universidade Estadual de Campinas, 2003.
LEFF, E. Saber Ambiental: Sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. 6º ed.- Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
LEFEBVRE, H. A vida cotidiana no mundo moderno. Editora Ática, São Paulo, 1991.
LEFEBVRE, H. La Conscience mystifiée. Suivi de La Conscience privée. Paris: Syllepse, 1999 [1936].
MARX, K. O capital: crítica da economia política. Livro I: o processo de produção do capital. Editora Boitempo, 2013.
MIGNOLO, W. Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em política. Cadernos de letras da UFF – Dossiê: Literatura, língua e identidade, nº 34, p. 287-324, 2008.
PORTO-GONÇALVES, C. W. A globalização da natureza e a natureza da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.
PORTO-GONÇALVES, C. W. Os (des)caminhos do meio ambiente. São Paulo: Contexto, 1989.
QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In LANDER, E. (org). A Colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, Perspectivas latino-americanas. Colección Sur Sur, CLACSO, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina. 2005.
RUA, J. Desenvolvimento, Espaço e Sustentabilidades. IN: RUA, J. (org.). Paisagem, Espaço e Sustentabilidades. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2007;
RUA, J. Desenvolvimentos e sustentabilidades: uma perspectiva geográfica. In: OLIVEIRA, M. P. COELHO, M.C.N. CORRÊA, A, M. O Brasil, a América Latina e o Mundo: Espacialidades Contemporâneas. Rio de Janeiro: Lamparina. 2008.
SANTOS, M. Por uma Geografia cidadã: por uma epistemologia da existência. Boletim Gaúcho de Geografia, Porto Alegre, AGB-EDIUPF, n. 21, p. 7-14, 1996.
SANTOS, M. A natureza do espaço. Técnica e tempo, razão e emoção. Ed. da Universidade de São Paulo. 2006.
SMITH, N. Desenvolvimento Desigual. Bertrand, Rio de Janeiro, 1988.
SOUZA, M. L. Quando o trunfo se revela um fardo: reexaminando os percalços de um campo disciplinar que se pretendeu uma ponte entre o conhecimento da natureza e o da sociedade. Geousp – Espaço e tempo, v. 22, n. 2, p. 274-308. 2018.
SWYNGEDOUW, E. A cidade como um híbrido: Natureza, sociedade e “urbanização-ciborgue”. In ACSELRAD, Henri. A duração das cidades: Sustentabilidade e risco nas políticas urbanas. Ed. Lamparina, 2001. p. 99-120.
VESENTINI, J. W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto, 1992.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Geopauta

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Declaração de Direitos Autorais
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution 4.0 International License. que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre)
- Os Autores são responsáveis pelo conteúdo constante no manuscrito publicado na revista.