História da Geografia escolar e seus manuais: considerações a partir da Reforma Francisco Campos (1931-32)
DOI:
https://doi.org/10.22481/rg.v5i4.e2021.e9657Palavras-chave:
Reforma Francisco Campos, Geografia Escolar, Cultura escolar, Manuais EscolaresResumo
Esse artigo tem por objetivo contextualizar e discutir os arcabouços históricos e sociais que envolveram a constituição da disciplina de Geografia no ensino secundário em seus manuais escolares a partir da Reforma Francisco Campos (1931-32). Realizamos uma pesquisa bibliográfica e documental e nos fundamentamos no Paradigma Indiciário. Consideramos, a partir da bibliografia e dos indícios, que a disciplina de Geografia se caracterizou por uma “modernização conservadora” em que, apesar de ampliar seu espaço no currículo e buscar renovar seu ensino, funcionou como um aparato ideológico nacionalista de Estado e seus pressupostos renovadores tiveram poucos avanços práticos, configurando uma cultura livresca.
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