TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA: CONHECIMENTO, AFETO E CIRCUNSTÂNCIA
DOI:
https://doi.org/10.22481/praxisedu.v15i33.5275Palavras-chave:
Transposição Didática, BNCC, Formação de ProfessoresResumo
O documento preliminar Proposta para a base nacional comum da formação de professores da educação básica, exarado recentemente pelo MEC (13/12/2018) como proposta inicial de debate sobre a adequação da formação de professores à Base Nacional Comum Curricular – BNCC, baseia-se em relatórios da organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, que é quem conduz o PISA – Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, cujos resultados produzem dados estatísticos que, acredita-se, podem melhorar os “resultados” dos investimentos feitos em Educação pelos Estados - a isso chamam “qualidade de ensino”. Parece significativo constatar que o objetivo dos investimentos feitos em Educação seja “formar os novos cidadãos para um mundo incerto e sempre novo” e, para tanto, supõem, faz-se necessário intervir fortemente no “desempenho” dos professores, ou seja, na transposição didática (TD) que praticam a fim de produzir resultados “qualitativos” nas avaliações locais, nacionais e internacionais. O presente artigo dedica-se a investigação de uma única pergunta bastante complexa: é possível intervir na transposição didática dos professores? Para tanto, considero minha experiência como professor de didática, o conceito de TD, alguns documentos oficiais, uma reflexão acerca das pessoalidades da TD e a possibilidade de um planejamento do futuro.